terça-feira, 22 de abril de 2014

clichê de janela do ônibus

Na escuridão, te ilumino. Mas se já clara, apenas desfruto. Sendo atraídos. Se piso fora de casa, já era e estou lá. Em cima de você. E me olha e me chama "vem, vem". Eu vou. Feita sob medida, atraente, sabe que alucinante, sabe que também perdida. Mesmo quando para. Abro a janela e posso te ver. Ai, olha ela, quase nem me deixa parar pra escrever! Tudo em volta é apenas um complemento. Na luz do Sol ela é zen e na luz branca da lua é bandida. Enlaçante, viciante. Sem ter pra onde fugir, qualquer um. Qualquer um a se deparar com ela: perde, perde na hora! Baixa a guarda, se rende, implora "me leva junto". Ela leva... ah, ela leva com uma graça admirável. As vezes abalável mas sempre inesgotável. Não cansa, que pique, linda, encanta, que alegria, que energia, parece criança... Se suja, mas continua a dança. Me puxa, "mas eu to atrasado, mas eu tenho compromissos, mas eu tenho responsabilidades, mas........." ela é louca! Não solta, não deixa, me leva sim. E só posso consentir em meio a loucura dela. Em alguns momento é preciso ter medo: muitas são suas vítimas. Na maioria é apenas preciso segui-la na cara e na coragem. Estrada, divina.

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